sexta-feira, setembro 30, 2011

Carta nas mãos, mas faltava o carro.....


Com minha carta nas mãos eu nem parei para pensar que o principal era o carro, na época meu marido tinha um Santana e não era equipado para mim eu estava feliz que nem tinha pensado nesse detalhes. Ou seja, carta nas mãos, carro na garagem e a minha situação á mesma afinal eu não podia dirigir. Então comecei na expectativa de ter um carro adaptado. Lembrei do meu amigo e fui visitá-lo e ver seu carro como era acabei gostando e conheci um pouco mais da vida dele, conheci sua família e seus filhos e ficamos grandes amigos. Eu admirava muito aquele meu amigo, ele tinha uma bicicletaria e sentava no chão para consertá-las. Ele é um grande homem, humilde, brincalhão e sempre rindo. Chegou ate mesmo oferecer o seu carro para que eu pudesse praticar, apesar da sua deficiência vivia muito feliz e faziam muito bem para as pessoas que estavam ao seu lado....

Passei no exame ....Tirei minha carta de Motorista...


Bom justo naquele dia o carro da auto-escola quebra e ficamos ali esperando trazerem outro carro. Na época as aulas eram feitas perto do SAEE e vi umas pessoas trepando em uma arvore para pegar manga. E aquele deficiente que estava fazendo as aulas ele começou a reparar que os rapazes não conseguiam pegar as mangas então ele ofereceu a muleta dele para que pudessem pegar as mangas, fiquei admirada com aquilo, ele ria muito. Então fizemos amizade um com outro e sem saber que morávamos no mesmo bairro. Ele sabia dirigir e não tinha carta e trocamos telefone, endereços e ate pediu que eu fosse visitá-lo na casa e conhecer como era seu carro. Ali nascia uma grande amizade. Então consegui passar no exame e liguei na mesma hora para o emprego do meu marido e contei a minha novidade ele ficou tão feliz e seus amigos estavam torcendo por mim. Aquele acontecimento era mais um degrau que eu estava subindo na vida.

Minhas aulas....




Comecei as minhas aulas, confesso que na primeira vez foi um desastre subia pela calçada e tudo mais. Meus filhos achavam engraçados, meu marido achava que eu não iria conseguir. Mas eu era persistente aquilo passou a ser um desafio na minha vida. Cada dia que passava eu pegava mais pratica nas aulas. Um dia antes do exame final meu filho estava doente e passei a noite em clara no hospital cheguei a minha casa muita cansada e sem dormir fui para a Auto-escola fazer meu teste final me deu aquele gelo na barriga, mas não desisti. Nas aulas tinha mais três deficientes, não conversávamos fiquei na minha no meu canto. Eu percebi que ali tinha um rapaz deficiente que usava muletas e ele representava feliz e vi que não era só eu, ele era super animado. Chamou muita a minha atenção em ver a espontaneidade dele.

Auto Escola....


Chegando à minha casa fui cuidar dos meus filhos e fomos descansar, quando chegou à noite meu marido entrou em casa em na mesa estava os papeis da Auto-escola. Ele me disse que quando tivesse dinheiro eu podia entrar tirar carta. Eu percebi que ele não tinha lido direitos os papeis. Então eu disse com todas as palavras é só você ir lá à Auto-escola e pagar as aulas, pois está tudo certo ate fiz os exames, ele ficou assustado. E contei  a ele o que tinha acontecido e por que eu tinha tomado aquela decisão. Ele achava que eu ia aposentar na Auto-escola, mas mesmo assim ele pagou por que não tinha outro jeito. Eu cuidava da casa, dos meus filhos e fazia as minhas aulas, e levava os dois comigo. Continuei com o tratamento do meu Filho Ronaldo. Um dia o medico viu que eu tinha dificuldade de ficar indo ate lá resolveu receitar o mesmo o remédios e cuidados para que eu pudesse fazer em casa. Isso foi bom para mim....

Preconceitos.....


 Eu lembro que no dia que eu estava na Lotação esperando o ônibus com os meus filhos uma pessoa vendo aquilo veio ate mim e disse que eu não podia sair desse jeito ainda mais com duas crianças doente e que não era nem para eu ter filhos ainda mais não podendo carregá-los. Eu já estava nervosa e com aquelas palavras fiquei mais nervosa ainda. Mas olhei profundamente para os meus filhos e vi que eles eram meus filhos e eu tinha condições suficientes para cuidá-los. Então decidi parar na casa da minha irmã contei a ela o que estava acontecendo, e pedi que ela desse banho nele e ficasse com ele por que eu tinha que resolver um assunto. Peguei meu filho Luciano e voltei para o centro da cidade e fui à Auto-escola tomei essa decisão. Foi dia 21 de Abril. Ali eu tirei todas as informações possíveis. Sem pensar fiz os exames, meu marido nem sabia. E logo voltei para casa...
Recado Facebook Corrigir os Erros

Saindo do Hospital....


Luciano com aquela febre toda ficava quietinho e me ajudava carregar o Ronaldo. Eu muito nervosa dentro do ônibus, pois não podia carregar meu filho. Eu estava revoltada com aquela situação me sentia incapaz de cuidar dos meus filhos abracei os dois naquele momento e viemos embora. Eu pensava por que era tão difícil tudo isso, e veio na minha cabeça à conversa que eu tive com aquela pessoa que me contou que podíamos dirigir. Eu tinha toda a informação possível. Por mais que eu me esforçasse estava difícil, caminhava pensando na minha situação que ate chegava chorar, eu não sabia o que fazer meu filho Ronaldo todo sujo chorando, aquilo doía vendo aquela situação...
Meu Filho Ronaldo, á Mamãe te amo muito..

Ultrassom do Ronaldo...


Então peguei o ônibus fui ate o terminal, peguei a lotação que deixávamos na porta do hospital Santo Antonio que para mim era mais fácil, principalmente pelo fato do meu filho Luciano estar doente nesse dia. Então já dentro do hospital eu aguardava o médico chamar o Ronaldo para consulta e aproveitei para passar o Luciano que não estava muito bem. Descobri que era apenas uma gripe. E ali ficamos aguardando o medico chamar. Logo ele foi chamado e fizeram o exame, colocaram um liquido e começou á fazer um Ultrason para saber o que acontecia com o intestino de Ronaldo. A consulta terminou e fomos embora. Mas o medico não tinha me dito que aquele liquido era para limpar o intestino. E quando estávamos quase pegando o ônibus de volta para casa meu filho começou a gritar de dor de barriga. Levei-o no banheiro e começou uma diarréia muito forte, doía muito por que gritava demais. Eu não sabia o que fazer o ônibus estava chegando, cada vez que ele tinha uma diarréia eu trocava, e já estava ficando sem roupas. Eu estava ficando muito nervosa cada vez mais....

Deficiente pode dirigir sim...


Nessa época eu não sabia que nos deficientes poderíamos dirigir um carro. Então um dia conversando com uma pessoa ela me contou que tinha carros adaptados para nos. Fiquei muito curiosa resolvi procurar mais detalhes sobre isso. Chegando à minha casa perguntei ao meu marido e ele confirmou, confesso que foi novidade. Mas nem parei para pensar muito naquele assunto. Porem o problema do meu filho continuava e se complicava, levava meu filho sempre no hospital. E naquela época meu marido já tinha um carro, mas não podia ficar me levando por motivos do trabalho. E assim eu ia de ônibus, mas meus filhos gostavam, pois era um passeio. Um dia meu filho Luciano amanheceu com febre e justo esse dia eu tinha que levar meu outro Filho Ronaldo ao Hospital, fiquei desesperada por que não sabia qual eu cuidava. Sempre sozinha com dois eu sempre me virei, dei um remédio para Luciano e levei o Ronaldo ao Hospital por que ele estava com muita dor......

terça-feira, setembro 27, 2011

Cuidando do Ronaldo

Quando levei meu filho ao hospital os médicos disseram que ele realmente tinha um problema no intestino, não era grave mas tinha que pelo menos a cada três dias no hospital tinha que fazer lavagem. O Hospital ficava em Votorantim Santo Antônio. E como nosso convenio era de lá tínhamos que ir os três. Meu filho Luciano as vezes carregava o irmãozinho, Ronaldo nunca pediu colo para mim, mas pedia ao irmão. Tinha pessoas que viam aquela situação chegava á comentar comigo. Nossa como ele te ajuda tão pequeno assim ate carrega o irmão que lindo. Eu ficava quieta apenas ouvindo mas sabia que meu filho era meu braço direito mesmo tão pequeno. Era uma criança, mas eu nunca pedi ao meu marido, nunca fui de tira-lo do emprego atoa apenas se fosse algo muito grave que eu não pudesse resolver com eles. Esse probleminha do Ronaldo durou por muito tempo, quando chovia era complicado sair com os dois sozinhos então chamava um Taxi mas nunca deixei de cuidar dos meus filhos.

Avó do meu marido chega á falecer....


Meu marido Reginaldo e Vó Geralda!!!!!!



Meus dois filhos crescendo Luciano sempre cuidando do Ronaldo, esse Ronaldo era sapeca mesmo sendo pequeno era esperto quando ele completou nove meses o Luciano pegou Hepatite teve  
que ficar de cama não podia andar ou ficar sentado. Não podendo carregar meu filho e ele entendia e ficava sentadinho assistindo televisão e o Ronaldo ficava brincando pela casa brincando. 
E naquela época á vó do meu marido estava morando em São Paulo e ficou doente, muito doente. Quando meu marido chegava do trabalho ai que eu ia dar banho nos meus filhos. Meu marido  
colocava  ele na cadeira e eu dava banho sempre foi uma criança especial que entendia minha situação. Então veio uma Noticia que á vó do meu marido tinha piorado o estado dela então tive que  
deixar meus dois filhos com uma sobrinha e fomos para São Paulo. Quando chegamos estavam todos os filhos presentes entrava no quarto dois de cada vez e como nos éramos de longe ela queria nos ver. 
Para meu marido foi muito difícil ver aquela situação ela já não falava mais apenas olhava, mas podíamos perceber que através do olhar dela estava lúcida, quando ela nos viu os olhos encheram de lagrimas,  
foi um momento muito difícil, era como se fosse uma mãe para meu marido foi criado desde pequeno então podíamos sentir o sofrimento dele. Tinha mais um filho que ela queria ver, quando ele chegou entrou no quarto para ver á mãe quando saiu ela veio á falecer. 
Foi uma perda muito grande ate mesmo para mim, meus filhos não tiveram oportunidade de conhecer avó, era uma senhora de cor. Minha vizinha que era muito mais que uma mãe para nós,  
meu marido sofreu muito. Meu filho Ronaldo já estava andando sozinho, foi uma alegria em casa.Tinhamos que continuar á nossa vida. Quando meu filho Ronaldo completou um ano de idade  
chorava muito, levei ao médico eles diziam que eram cólicas, voltava para á casa fazia o tratamento certinho e nada de passar aquela cólica.  Percebi que ele não fazia suas necessidades comentei com  
meu marido e percebi que passaram-se dois dias e nada, dava de mamar á ele notei que sua barriguinha estava dura cheios de pelotinhos quando passava as mãos ele gritava. Eu levei ele novamente  
ao médico não era normal como o Ronaldo já andava o Luciano pegou na mãozinha dele e fomos de ônibus. O Luciano subia primeiro ajudava o irmãozinho á subir corria e sentava antes que o ônibus andasse. 
E assim era todas as vezes que saímos juntos. Nem as vezes com dificuldade deixei de sair com meus filhos, quando eles estavam cansadinhos nos sentávamos e depois continuávamos. Eles entendiam tudo não precisava falar. O entendimento do Luciano passou para o Ronaldo.

segunda-feira, setembro 26, 2011

Luciano e Ronaldo aprontando...




Meu filho Ronaldo com seis meses estava sentado no carrinho e o Luciano no quintal brincando com os amiguinhos eu estava limpando á casa, e as crianças no corre  e corre. De repente ouço um grito fui ver meu filho brincando entrou com o braço na porta de vidro, quando eu vi aquilo fiquei desesperada sai no portão chamei a Dona Emília ela chamou o vizinho e fomos para o hospital enquanto ela ficava com o meu bebe. Como não podia carrega-lo meu compadre pegou ele no colo eu chorando muito. Chegando no hospital modelo não foi nada grave foi dado uns pontos e voltamos para á casa. O susto foi grande demais, meu marido chegou contei á ele os acontecidos e disse para não se preocupar não era nada grave. No outro dia brincando novamente o meu bebe sentadinho no carrinho olhando e danadinho que ele era quis sair do carrinho e para meu desespero ele caiu no chão cortou á testa mas um susto...e lá vai o corre e corre.

Nasceu meu segundo Filho Ronaldo....




Ronaldo meu amor minha vida...Meu segundo Filho


Na dia visita como já sabíamos os únicos que foram me visitar foi meu marido e Dona Emília. Como sabíamos que era um menino chegou á certidão de nascimento em mãos. 
No dia 21 de Fevereiro nascia meu filho Ronaldo, loirinho, gordinho fiquei três dias no hospital. Quando estava saindo do hospital meu filho veio correndo me abraçar e falou para mim que tinha sido 
ele que tinha escolhido o nome do irmãozinho. Quando cheguei na minha casa fui deitar-me e Dona Emília me ajudando e o Luciano não saia um só minuto do lado do irmãozinho. Quando meu filho ia para escola a Emília cuidava dele colocava na perua escolar e ficava deitada descansando, meu marido dormindo descansando, eu o que precisava chamar á Dona Emília. Mas quando estava sozinha batia aquela saudade da minha mãe, como aquela me fazia falta. Me sentia sozinha em certos momentos cheguei á chorar muitas vezes escondida. Meu marido saia para trabalhar á noite e deixava á chave da casa com a Dona Emília, ela vinha dava banho no meu filho, fazia comida para nós. O Luciano dormia comigo e o bebe no berço. Quando o meu bebe chorava de noite o Luciano parecia gente grande, ele ia ate o berço pegava o bebe no colo e me levava, pegava as fraldas colocava tudo pertinho de mim. 
Ele ia na cozinha esquentava á mamadeira e muitos ficavam admirados em ver o que ele fazia sendo tão pequeno. Quando fui melhorando já podia cuidar da minha vida, estava limpando á casa o Luciano cuidava do bebe, ele se arrumava ia para escola, eu ia com ele ate o portão. Como estava  um pouco maior resolvi conversar com ele sobre minha deficiência.  E disse á ele: Fio você sabe que á mamãe é diferente das mamães dos seus amiguinhos, então se um dia alguém perguntar á você porque sou assim..... ele olhou para mim e me disse você tem dodói.  
Tentei explicar sobre minha deficiência tinha receio que os coleguinhas comentassem sobre meu problema, tentei explicar de maneira que ele pudesse entender. Já que ele nunca tinha perguntado, ele me respondeu já falei para minha Tia que você tem dodói. Portanto ficou por dodói. Quando saiamos ele não brincava muito sempre ficava do meu lado e as vezes no colo. As crianças tinham curiosidade em mim queriam colocar as mãozinha na minha muleta, o Luciano levantava e falava: Não pode mexer no dodói da minha mãe e ficava segurando. Era ate engraçado, sempre ali cuidando de mim, eu cheguei á cair uma vez no centro da cidade quando estava gravida, e pude perceber que ele tinha um cuidado comigo especial, dava ate dó da carinha dele.




Momentos de Praia....





Vou continuar contanto meus momentos na praia e confesso que estar ali  de frente para daquele mar era 
um sonho, hoje adoro ir a praia. Eu e meu marido depois disso nunca mais deixamos de ir todos os finais de semana estávamos na praia. Quando anoitecia nos ficávamos na beira da praia curtindo meu marido fazia á festa dançava, cantava. A Maioria das pessoas que iam na excursões eram jovens eu nem me reconhecia me sentia livre para viver, ate biquíni eu comecei a usar, coloquei um shorts não sei se eu colocaria novamente, quem sabe um dia. Nós vivíamos nos meios dos jovens era uma alegria lotávamos o ônibus.  
Logo gravida pela segunda vez tive que dá uma paradinha, mas me divertia do mesmo jeito não exageradamente. Minha segunda gravidez foi mais sossegada em  todos os sentidos, meu marido trabalhando na TCS o salario era bom tinha convenio e tínhamos uma situação melhor, pude ate curtir minha gravidez. Minha família era meu marido, meu filho  e eu somente família já nem sabia seu eu tinha, mas conheci uma vizinha maravilhosa nos dávamos muito bem o nome dela Emília. 
Essa mulher adorava nós como se fossemos filhos dela, estávamos juntos em tudo, festa, fui madrinha de casamento de um de seus filhos, logo veio um batizado.  A nossa união crescia cada vez mais. E sempre estava comigo na minha gravidez tanto é que o netinho dele para mim é como se fosse meu filho. E meus filhos sempre vão ter á Emília como vó já que eles não tiveram á oportunidade de conhecer  minha mãe. Se eu precisasse era só chama-la. Quando viajávamos meu marido  já me dizia vamos levar á mãe. Em todos os lugares que íamos nós levávamos ela. Minha gravides estava chegando ao fim e já começou a preocupação de quem cuidaria do meu filho Luciano, ele já tinha seis anos mas era pequeno. E dona Emília se ofereceu para cuidar do meu filho e do meu marido. A nora da dona Emília cuidava da minha casa.  Quando fui para o hospital fui chorando e olhando para meu filho, eu sabia que ele estava em boas mãos que ela iria cuidar muito bem dele, mas mãe é mãe e eu nunca tinha me afastado dele. 
E quando á enfermeira colocou nos meus braços o meu filho eu fiz á mesma coisa tirei a roupinha dele e era á coisa mais lindo do mundo eu estava muito feliz. Como era minha terceira cesariana estava dando á luz ao meu terceiro filho, uma alegria que eu nunca esqueci eu fiz laqueadura foi mais complicadinho 

Na igreja....


Hoje estou feliz não só por mim é claro mas ontem fui á igreja quando desci do carro fiquei surpresa, 
pois na porta da minha igreja tem escadas e as vezes é um tanto difícil para descer não só para mim.  
E ontem tinha uma rampa, gostei muito, confesso que fiquei surpresa e ate comentei nossa que bom que colocaram  uma rampa aqui...O irmão me disse que eles vão colocar corre mão dois lados já esta tudo comprado.  
Fiquei muito feliz afinal precisava... 

sábado, setembro 24, 2011

eu na praia...

Os primeiros dias de praia eu fiquei apenas observando aquele mar lindo sempre de longe, meu marido sempre me perguntando se queria entrar na água eu estando com muito medo dizia não. Ficamos á tarde toda curtindo á praia. À noite fomos passear e conhecer á cidade. Então todos estavam á vontade somente eu que estava com roupas. No segundo dia estávamos novamente na praia sentei na minha cadeira não coloquei minha toalha nas minhas pernas e fiquei observado meu filho ele se divertir muito adorava. Quando meu marido perguntou novamente se eu gostaria ir perto da água respondi que sim, fui molhei meu pé e voltei e percebi que ninguém estava me olhando era coisa da minha cabeça. No terceiro dia já coloquei uma regata e fomos estava bem á vontade então pedi ao meu marido que me levasse ate o mar ele ficou tão feliz. Fui com medo e ao mesmo tempo curiosa porque não imaginava como seria aquela água ainda mais de muletas meu marido foi me segurando pelos braços para que eu não caísse e me levou ate eu perder o medo. Estava apavorada quando aquela onda veio e me cobriu toda eu gostei, eu já não aguentava mais ficar olhando apenas queria ir de novo então meu marido me levou. No quarto dia eu estava lá toda animada para voltar á praia foi logo chamando todos porque estava ansiosa, já comecei á dobrar á minha bermuda e sempre junto do meu marido me diverti muito. Mas logo senti vontade de sentar na areia perto da água e poder os ver brincando, á agua chegava ate meus pés e molhava sentir aquela agua que sensação deliciosa. Ate meu marido veio e brincou comigo espertinha né. A partir daquele momento pude perceber que eu tinha vergonha de mim mesma e que estava perdendo as coisas boas da vida por bobeira da minha parte. Depois daquela experiência nunca mais deixei meu marido sozinho, quando tinha uma viagem era á primeira arrumar as malas e convida-lo á ir.

Fui á Praia.....

Quando conheci meu marido ele era um moço muito bonito, não que eu não fosse, e muito cobiçado ainda mais por ser motorista viaja muito, vivia em beira de praia. Eu pensava que ele poderia escolher a moça que quisesse, mas o destino o colocou em minha vida e nos apaixonamos.Ele conheceu muitas moças, umas delas eu ate conhecia na escola, mas foi á mim que ele escolheu para ser sua esposa e nunca me perguntou á respeito de minha deficiência e tivemos e temos uma vida sentimental normal.Ele sempre viajava para as praias, uma vez eu conheci á praia de Copacabana no Rio de Janeiro, mas não pisei na areia como não fiquei de biquíni então todas as vezes que meu marido fazia excursão ele queria que eu fosse á praia com ele. E sempre eu arrumando desculpas, muitas das vezes as pessoas falavam para mim que meu marido era muito bonito e todo final de semana na praia como eu o deixava ir sozinho. Confesso que eu tinha ciúmes sim, mas era o trabalho dele não tinha outro jeito mesmo porque ele me convidava e sempre recusava. Às vezes quando era excursão para outros lugares eu acompanhava e percebia como ele era paquerado por outras mulheres, não gostava, mas não criava caso ficava na minha, afina eu estava ali cuidando do que era meu lógico. Mas ir á praia nem pensar. Eu pensava que se eu fosse à praia com ele as pessoas iriam ficar me olhando morria de vergonha. Um dia minha irmã me convenceu insistiu tanto que eu fui, mas sempre pensativo e imaginando como seria, mas não tinha outro jeito já estava na praia. Comprei uma camiseta e uma bermuda. Achei estranha porque eu nunca tinha usado uma bermuda na minha vida. Fui á Ilha Comprida no primeiro dia eu não fui e fiquei enrolando e todos foram e fiquei sozinha na casa, e pensava comigo como vou usar uma bermuda perto das pessoas elas vão me ficar olhando. Eu estava com vergonha de mim mesma e acabava ficando em casa enquanto todos se divertiam.

O amor é assim....

Eu achava que jamais seria amada ou desejada por alguém como uma mulher que sou, pensava que nenhum homem iria-me olhar, mas confesso que ate hoje na minha idade me surpreendo não digo que todos me olham, mas sempre tem um especial.
Então podemos ser amada sim e ser desejada também, pois nós temos desejos.
O amor é lindo. Já cheguei á pensar que nem namorado iria arrumar, mas me enganei. Eu acredito no amor e no poder que ele tem, e também posso dizer que podemos ter uma vida normal sem barreiras e amar e ser amada porque o amor tem uma magia que contagia tudo e principalmente nossos corações
 

A mulher queria saber de tudo......


Um dia estava eu e meu filho Luciano no ônibus e aproximou-se uma mulher de nós e logo puxou conversa comigo e já começou á fazer perguntas. Eu respondia e ela perguntava, se eu era casada, se o menino era meu filho se eu nasci assim por diante. Ele foi e me disse: Se eu fosse á sua mãe não deixava você se casar assim. Na hora nem pensei e fui logo respondendo ainda bem que á Senhora não é. Cortei á conversa e logo desci com meu filho já era grandinho e muito esperto e me disse: Que mulher chata né Mãe.



sexta-feira, setembro 23, 2011

Agradeço á Deus...

Eu me olho e agradeço a Deus todos os dias, pois respiro e ando com dificuldades sim, mas eu ando e sou feliz e procuro sempre fazer felizes as pessoas que estão ao meu lado e não importa quem seja do jeito que seja sou humana e verdadeira e sei que através disso a gente conquista vence e pode ser feliz. Vivo de maneira que á vida me deu e tenho meus altos e baixos e nos meus momentos difíceis procuro sobreviver á eles. Já tive preconceito de mim mesma, mas á vida me ensinou que nem tudo é perfeito. Hoje eu ando, sou casada, sou vovó, passeio, trabalho, cuido da minha casa, cuido do meu marido, vivo para meus dois filhos que são minha vida. A minha deficiência não me impede de viver e de ser feliz. Faço tudo que esta ao meu alcance e sempre procuro novos desafios, pois todos os desafios é uma conquista. Hoje sou livre de cabeça erguida enfrento os preconceitos muito bem, às vezes dói, mas não me deixo abater, mas vivo lutando por eles.



Sem consideração pela criança....

Meu marido meu contou que estava na padaria e ali conversando com uns amigos quando entrou uma senhora com uma criança que pelo que ele me disse tinha paralisia cerebral. A criança não falava direito ele queria algo que estava ali do jeito dele ele pedia á sua mãe. Mas sua mãe não quis comprar e a criança ficou muito nervosa e começou a quebrar as coisas. E todos ficaram olhando a atitude daquela mãe que pelo jeito não tinha muita paciência, meu marido me disse que ela travava o menino de uma maneira estúpida. Então meu marido vendo aquela situação levantou-se da mesa onde estava com seus amigos e foi perto da criança abaixou-se e com muita paciência e perguntou o que ela queria. A mãe estava segurando á mãozinha dele bem forte, e com á mãozinha ele mostrou o que ele queria. Meu marido comprou e percebeu que á mãe não gostou da atitude do meu marido.. Não gostou que ele estivesse agradado aquela criança e disse á ele meu filho é especial, e foi embora. Então ele chegou a casa e me contou e disse que á mãe tinha vergonha do próprio filho. Agora eu penso: VERGONHA? ..uma palavra tão feia, meu Deus vergonha do quê...se meu filho fosse vivo, hoje ele teria 24 anos de idade e seria uma criança especial mas normal como todas e não para mim não iria existir diferença alguma. Isso é o que acontece na nossa realidade, infelizmente. Eu sou especial, especial de Deus e me acho uma Vencedora. E não gosto da palavra Pena eu não sou doente para ter pena de mim. Eu ando de muletas isso é normal para mim. Especiais são aquelas pessoas que olha para nós deficientes e não vê diferença alguma olha como se estivesse olhando para si mesma. Mas á realidade esta áii....Espero que um dia acabe com esse preconceitos.




 

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