Gravida e Trabalhando

 

 

Como agora vou entrar em minha segunda gravidez não poderia começar sem deixar uma palavra

                                 JEREMIAS 1,5,6

Antes que eu te formasse no ventre de sua mãe eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te santifiquei e as nações te deram por profeta

Então, disse eu: Ah senhor JEOVA eis que não sei falar, por que sou uma criança.

            Eu estava grávida novamente e com a perda de meu primeiro filho se endividamos muito com médicos particulares e como meu marido ganhava muito pouco quis arrumar um jeito de ajudá-lo. Não poderia arrumar emprego pelos preconceitos e não tinha condições por ser deficiente e grávida, então na minha casa eu mesma comecei a passar roupas das freguesas da minha mãe, assim ela me dava um dinheirinho, mas às vezes não podia pagar, pois estava ganhando muito pouco. A minha tia tinha uma grande confecção naquela época e sem saber costurar. Perguntei se ela poderia me arrumar algo para fazer em casa para ajudar o Reginaldo, porque estávamos em situações complicadas. Então ela foi à minha casa um dia trouxe uma maquina, e me ensinou a costurar. Todas as noites ela me ensinava, era simples fazia barrinhas de lençóis. Estava feliz com á gravidez que ia muito bem, e eu tinha arrumado um emprego por menor que fosse, mas ajudava. Minha mãe sempre guerreira lutando. Eu trabalhava e curtia meu filho que estava crescendo dentro mim, meu marido trabalhando dobrado para ganhar um pouco mais. Mesmo morando com á minha mãe eu sempre tinha um sonho de ter á minha própria casa, quando eu contava á ela que nos estávamos vendo terreno para comprar, ela chorava muito não queria me ver longe dela. Passou um tempo e Chegou o Natal, então á minha tia convidou-nos para almoçarmos com eles, como meu marido estava trabalhando e eu não queria ir sozinha chamei minha cunhada e fomos. Ela era uma pessoa bem de vida, meu marido estava trabalhando pedi á ele que fosse depois. Como era uma pessoa simples fiquei impressionada com aquela mesa farta, um verdadeiro banquete. Eu nunca dei bola para essas datas comemorativas. E avó do meu marido já estava me aceitando e não me deixava sozinha. Quando meu marido chegou estava todo sujo de graça devido o seu emprego e sentou-se á mesa, quando minha tia viu aquela sena gritou e disse que ele não poderia sentar-se á mesa por estar sujo, ele indignado com aquilo foi embora se se sentindo humilhado, e fomos atrás dele, ele voltou para o trabalhado ainda tiveram a coragem de vir atrás de nós e entregar uma marmita para mim foi á gota d’água. Cheguei a casa contei á minha mãe, ela ficou com dó dele e tudo mais, quando foi á noite ele chegou do emprego muito chateado pediu que eu não trabalhasse mais, eu parei com a costura, e minha mãe tinha preparado para ele uma janta especial, já que ele nem almoçar. Comendo ali na mesa triste e disse que não fosse mais á casa da minha tia porque ela não gostava de mim. Avó do Reginaldo estava todo final de semana em casa ela já gostava de mim e percebeu que eu não era aquela pessoa inútil que eles pensavam.