quarta-feira, novembro 21, 2012
Nossas leis
ÊNCIA
"CARTILHA DA INCLUSÃO" *
* Reproduzida, com adaptações e atualizações, mediante autorização, da "Cartilha da Inclusão" editada pela PUC-MG,
elaborada por Andréa Godoy et alli, novembro de 2000.
INTEGRADOS E EXCLUÍDOS
Estamos vivendo um momento histórico muito importante.
Vários segmentos sociais lutam pelos seus direitos de inclusão na sociedade. É o que acontece com as mulheres,
negros, sem-terra e tantos outros excluídos.
Embora não tenham conseguido plenamente sua inclusão na sociedade, muito já avançaram.
Como esses, há um outro grupo de excluídos – as pessoas com deficiência, que não têm acesso aos direitos que
devem pertencer a todos: educação, saúde, trabalho, locomoção, transporte, esporte, cultura e lazer.
Leis têm sido criadas para a garantia desses direitos, o que já é um grande passo. Mas, apesar delas, percebemos
que nós excluímos as pessoas que consideramos diferentes.
Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem a nossa volta, excluídas por nossa própria ação.
Se desejamos realmente uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam
incluídos no universo dos direitos e deveres.
Para isso, é preciso saber como vivem as pessoas com deficiência, conhecer suas expectativas, necessidades e
alternativas.
Como isso que acontece comigo se passa com o outro que é diferente de mim? Como é ser pai ou mãe de um garoto
que não enxerga? Como funciona a casa de uma família de deficientes auditivos? Como é a vida de uma pessoa que
precisa de uma cadeira de rodas para se locomover? Como uma pessoa que tem deficiência mental aprende?
Essas perguntas podem nos levar a pensar sobre as dificuldades e as conquistas desses excluídos e pensar na
possibilidade de concretização dos seus direitos: soluções simples e concretas para que possam estar nas salas de
aula; plena assistência à saúde; qualificação profissional; emprego; prática de esporte; cultura e lazer.
Isso só se realizará se cada um de nós se fizer a pergunta: o que eu posso fazer, como empresário, como bombeiro,
professor, balconista, comerciante, funcionário público, engenheiro, médico, advogado, dona de casa, motorista de
ônibus, entregador, para contribuir na inclusão daqueles que são apenas diferentes de mim?
Buscar respostas para essa pergunta é um aprendizado nem sempre fácil: exige o desejo de conhecer, de se arriscar,
de se envolver e agir.
Buscar essas respostas é construir uma sociedade inclusiva.
SOCIEDADE INCLUSIVA: AFINAL, O QUE É ISTO ?
Diante de tantas mudanças que hoje vimos eclodir na evolução da sociedade, surge um novo movimento, o da
inclusão, conseqüência de uma visão social, de um mundo democrático, onde pretendemos respeitar direitos e
deveres. A limitação da pessoa não diminui seus direitos: são cidadãos e fazem parte da sociedade como qualquer
outro. É o momento de a sociedade se preparar para lidar com a diversidade humana.
Todas as pessoas devem ser respeitadas, não importa o sexo, a idade, as origens étnicas, a opção sexual ou as
deficiências.
Uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um e aprecia as diferentes experiências humanas,
e reconhece o potencial de todo cidadão, é denominada sociedade inclusiva.
A sociedade inclusiva tem como objetivo principal oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja autônoma
e auto-determinada.
Dessa forma, a sociedade inclusiva é democrática, reconhece todos os seres hs humanos como livres e iguais e com
direito a exercer sua cidadania.
Ela é, portanto, fraterna: busca todas as camadas sociais, atinge todas as pessoas, sem exceção, respeitando-as em
sua dignidade.
Mas, para que uma sociedade se torne inclusiva, é preciso cooperar no esforço coletivo de sujeitos que dialogam em
busca do respeito, da liberdade e da igualdade.
Como sabemos, nossa sociedade ainda não é inclusiva. Há grupos de pessoas discriminadas, inclusive nas
denominações que recebem: inválido, excepcional, deficiente, mongol, down, manco, ceguinho, aleijado, demente...
Essas palavras revelam preconceito, e, através delas, estamos dizendo que essas pessoas precisam mudar para que
possam estar convivendo na sociedade. O problema é do surdo, que não entende o que está sendo dito na TV,
e não da emissora que não colocou a legenda; é do cego, por não saber das novas leis, e não do poder
público que não as divulga oralmente ou em braile; é do deficiente físico, que não pode subir escadas, e
não de quem aprovou uma construção sem rampas. Assim, dizemos que é de responsabilidade da pessoa com
deficiência a sua integração à sociedade.
O termo inclusão, diferentemente, indica que a sociedade, e não a pessoa, deve mudar. Para isso, até as palavras e
expressões para denominar as diferenças devem ressaltar os aspectos positivos e, assim, promover m
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