segunda-feira, setembro 12, 2011

A Vida da minha Princesa....

Vou contar uma história no momento de hoje, eu trabalho como Feirante. Faço muitas amizades entre elas conheci uma menina entre cinco anos de idade mais ou menos. Quando ela passou pela primeira vez em frente á minha banca estava com sua mãe uma cadeirante de Rodas. Ficaram me olhando, eu fiquei na minha. Passaram-se uns dias, ela passou novamente e parou para conhecer á mercadorias que eu vendo. Naquele mesmo momento á menina já me chamava de Tia. Eu comecei á chamá-la de minha Princesa. Daquele dia em diante surgiu uma grande amizade entre-nos. Todos os sábados freqüentavam a minha banca e ali foi crescendo uma grande amizade entre elas. Quando elas não passavam, sentia falta da minha princesa. São pessoas simples, mas de um coração cheio de carinho e sonhos. Quando elas iam ate á banca me ver pendurava no meu pescoço e me dava beijos e quase caiamos. Um dia á minha princesa foi ate á minha banca e me deu um pedaçinho de Pastel, que tinha ganhado dos feirantes e resolveu guardar um pedaço para mim e disse com aquelas voz de Criança:
Tia eu truxe um pastel para você!
Quando vi o tamanhinho do pastel me cortou o coração. E disse á ela que não queria, e que ela poderia comer. Mas ela insistia tanto e com aquela voz de carinho, e não podia resistir.
A Mãe da minha princesa me disse uma vez que á primeira coisa quando chegava na feira á minha princesa dizia:
Vou ajudar á minha Tia! E corria para me ajudar, e realmente ficava ali comigo, conversando e contado suas histórias de escola, ficava ate á hora de ir embora. Eu e minha Princesa ficamos muito amigas, chegamos ate um dia comentar sobre nossos problemas. A Mãe da minha Princesa comentou que o marido tinha abandonado deixando ela com a menina.
Um dia á minha princesa passou na banca toda feliz e me convidava para seu aniversário e me falou com aquela voz triste.
Tia é meu aniversário, eu queria uma boneca igual á essa, mas não vai ter bolo porque minha mãe não tem dinheiro, vamos comer comida você vai?
Na hora dei um beijão e disse que iria sim e que não precisava de bolo, e mandei que ela pegasse á boneca. Meu filho encheu os olhos de lagrimas. Fomos todos á casa da minha Princesa, ela já me aguardava no portão e pendurou no meu pescoço. Disse á mãe dela que qualquer dia iríamos cair as duas. Ela segurou na minha mão e me levou para conhecer á casa dela. Quando entrei vi á mãe da minha Princesa cozinhando e rindo e pude perceber que ela era uma pessoa feliz e tinha muito orgulho da filha mesmo sendo muito pequena.
E ai nasceu nossa amizade, mas de repente elas somem da feira, passou dias. Depois de alguns dias eu vi minha Princesa vindo ate mim e me deu um beijo e estava com uma carinha triste, perguntei o que tinha acontecido porque tinha sumido.
Ela estava com um Senhor e perguntou á minha Princesa, essa é sua tia?
Minha Princesa respondeu que sim, segurou na minha mão e disse:
É meu pai, ele me trouxe para ver você e vai comprar meu bolo.
Cheguei á conversar com o Pai, mas senti falta da mãe da minha Princesa e perguntei cadê á sua mãe?
Ela ficou triste abaixou á cabeçinha e chorando me disse:
Tia quebrou a cadeira de rodas da minha mãe ela não pode nem me levar na escola e as costa dela ta cheia de machucados e a cadeira sumiu. Fiquei nervosa e perguntei ao pai dela se era verdade, ele confirmou dizendo que estava na manutenção e que tinha sumido. Pedi que não as deixasse sozinhas. Aquela situação ficou na minha cabeça, chegando em casa contei ao meu marido, e ligamos para ela. Ela me contou por telefone que uma vez por ano ela manda á cadeira para manutenção e que dessa vez á cadeira de rodas não tinha chego em São Paulo que tinha desaparecido.



Pedi á ela o telefone da transportadora e fiz á reclamação e contei à situação que se encontrava. Fiquei no pé da transportadora, ligava todos os dias. Ate que á transportadora ligou e disse que tinha encontrado á cadeira de rodas e se encontrava jogada no fundo transportadora. Apenas era uma manutenção, como tinha tomado sol e chuva afetou outras coisas. A transportadora mandou á cadeira para São Paulo um pouco tarde e emprestou uma cadeira de rodas para que não ficasse na cama. O pai da minha princesa levou ela onde eu trabalho e me contou que o conserto da cadeira iria ficar 2.500 reais e não tinha como pagar.

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