Hoje eu vou escrever um pouco da história da minha mãe... Minha mãezinha foi uma mulher guerreira trabalhava como ninguém. Muitas vezes chegava em casa contando das humilhações que passava nos lugares onde trabalhava. Precisava do emprego e agüentava calada. Mas devido minha deficiência não podia ficar muito tempo sozinha, pois alem da minha paralisia também tinha ataque epilético, então às vezes quando estava brincando com as crianças, eles saiam correndo para avisar a minha mãe que eu não saia do lugar. Eles não entendiam e ficavam bravos apenas queria que á minha mãe me tirasse dali. Minha mãe saia correndo, largando tudo que tinha pela frente e quando chegava perto de mim via que eu estava em crise e me levava ao Pronto Socorro, eu já era ate conhecida. Passamos a noite ali, eu não podia ficar sem tomar meus medicamentos, era uma crise atrás da outra. Quando eu estava melhor e podia brincar, minha mãe sempre me examinava, nunca me deixava sozinha eu não podia ter febre, devido a minha crise. Poderia voltar! Meu irmãozinho mais novo sempre ficava um pouco de lado, não sobrava tempo para dar atenção á ele.
E o tempo foi passando, eu crescendo e nossa vida continuava difícil. Quando chegava o dia que minha mãe iria receber o pagamento, ficávamos todos esperando, não sabíamos o que iríamos comer naquele dia. O que ela iria trazer como coisas diferentes como um frango assado, pois não era sempre apenas uma vez por mês. Mas nesse dia parecia uma era festa, quando chegava á hora do almoço e do jantar, nos devorávamos, era uma alegria, e minha mãe podia sentir. No resto do dia comíamos o que tinha, nunca reclamávamos de nada. Eu tinha que ter uma alimentação forte devido ao meu problema, Deus sempre foi maravilhoso tudo que á minha mãe fazia era com tanto amor que chegava á ser suficiente. Muitas das vezes minha mãe ganhava roupas usadas e trazia principalmente para nos meninas que já estávamos ficando mocinhas. Era uma festa, parecia que nos tínhamos comprado da loja. Ia para á escola todas felizes.
Nunca pedíamos nada á ela, apenas aquilo que poderia nos dar. Quando fazia doces, era com açúcar, era festa e adorávamos. Fui crescendo e minha mãe ainda tinha forças para me carregar no colo de um lado para o outro e nunca ouvi ela reclamar.
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